sábado, 26 de novembro de 2011

Asteroides: fatos e dados interessantes para conhecer

     Asteroides, também conhecidos como planetoides ou planetas menores são pequenos mundos rochosos que giram em torno do Sol, mas são muito pequenos para serem chamados de planetas. Se todos os asteroides fossem compactados em um único objeto, sua massa seria menor que a Lua da Terra.

A maioria dessas rochas se encontra em um gigantesco anel localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter, chamado Cinturão de Asteroides. Ali se encontram pelo menos 200 objetos com mais de 100 km de diâmetro.
Atualmente, estima-se que o cinturão contenha mais de 750 mil asteroides com cerca de 1 quilômetro de diâmetro, além de milhões de objetos com dimensões físicas menores. No entanto, nem todos os objetos do cinturão são asteroides. Recentemente, até cometas já foram encontrados naquela região. O planeta-anão Ceres, que já foi considerado um asteroide, também compartilha o cinturão.
Apesar da esmagadora maioria dos asteroides se localizarem no cinturão entre Marte e Júpiter, muitos orbitam fora dele. Um exemplo são os asteroides Troianos, que orbitam o mesmo caminho trilhado por Júpiter. Outros três grupos, chamados Atens, Amors e Apollos orbitam a região interna do Sistema solar e muitas vezes cruzam o caminho da Terra e de Marte, o que os torna bastante perigosos.

Formação
Os asteroides são fragmentos que restaram da formação do Sistema Solar, há 4.6 bilhões de anos. Logo no início, o nascimento de Júpiter impediu a formação de qualquer objeto no vão entre Marte e Júpiter, fazendo com que os pequenos objetos que ali estavam colidissem entre si e se fragmentassem nos asteroides vistos hoje.

Características físicas
Asteroides podem atingir dimensões tão grandes quanto Ceres, com 940 quilômetros de diâmetro ou tão pequenos como 1991 BA, descoberto em 1991 e que tem apenas 6 metros de diâmetro.
Devido a pouca massa, incapaz de agir gravitacionalmente a ponto de mantê-los esféricos, quase todos os asteroides têm formato irregular. Muitas vezes são fortemente craterados, com algumas depressões chegando a mais de 460 km de diâmetro, como no caso de Vesta.
Como esses corpos orbitam em torno do Sol em órbitas elípticas, eles giram e muitas vezes bamboleiam de forma bastante irregular.
Aproximadamente 150 objetos têm uma pequena lua companheira, com alguns tendo até duas luas. Também existem asteroides binários, em que dois corpos de tamanho aproximadamente igual orbitam um ao outro. Sistemas triplos também já foram observados.

Alguns asteroides parecem terem sido capturados pela gravidade de planetas e luas. Os candidatos mais prováveis são as luas marcianas Phobos e Deimos e as luas exteriores mais distantes de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Temperatura
A temperatura média da superfície dos asteroides é tipicamente de 73 ºC negativos. Por terem se mantidos praticamente inalterados desde o período de suas formações, essas rochas se tornaram alvo de constantes estudos científicos que podem revelar muito sobre o Sistema Solar.

Classificação
A classificação primária dos asteroides é feita a partir do tipo de órbita e a maioria dos objetos se divide em três classes principais, tendo como base a composição química.
Os do tipo C ou carbonáceos são os mais comuns. São de cor acinzentada e representam mais de 75% dos objetos conhecidos. Provavelmente são compostos de argila e rochas de silicato e localizando-se nas regiões externas do cinturão principal.
Em seguida temos os asteroides do tipo S ou sílicáceos. Apresentam coloração esverdeada a avermelhada, com população estimada de 17% dos objetos catalogados, dominando a região interior do cinturão. Ao que tudo indica, esses corpos são constituídos principalmente de silicatos e ferro-níquel.
Por último temos os asteroides do tipo M ou metálicos. Apresentam cor avermelhada e constituem a maior parte do resto dos asteroides. Localizam-se na região média do cinturão e são formados basicamente de ferro-níquel.
Existem também muitos tipos raros de asteroides, como os do tipo V, caracterizado por apresentarem crosta basáltica vulcânica. Um exemplo é o asteroide Vesta.

O Primeiro
Em 1801, durante a elaboração de uma carta estelar, o sacerdote e astrônomo italiano Giuseppe Piazzi descobriu acidentalmente o primeiro e maior asteroide do Sistema Solar, Ceres, que orbita entre Marte e Júpiter. Quando foi descoberto, Ceres foi classificado como planeta, depois passou a asteroide e manteve esse status por mais de 150 anos. Atualmente é classificado como planeta-anão. Sozinho, Ceres responde por um quarto de toda a massa dos milhares de asteroides conhecidos.
Exploração
O primeiro asteroide a receber a visita de uma nave interplanetária foi Gaspra, que em 1991 foi estudado pela sonda Galileo, da NASA. Em 1994, a mesma sonda fotografou em detalhes o asteroide Ida e descobriu que o mesmo tinha uma lua.
Em 2001, a sonda espacial NEAR da NASA estudou por um ano o asteroide Eros e embora a sonda não tivesse sido projetada para pousar em sua superfície, a agência americana realizou com sucesso a missão, sendo a primeira nave a pousar em um objeto desse tipo.
Em 2006, a sonda japonesa Hayabusa se tornou a primeira nave a pousar em um asteroide e retornar à Terra trazendo o material coletado.
Lançada em 2007, a sonda Dawn da Nasa está programada para explorar o asteroide Vesta entre 2011 e 2012 e o planeta-anão Ceres em 2015.

Riscos de Colisão
Segundo o cientista Donald Yeomans, ligado ao NEO, Programa de Objetos Próximos à Terra, da Nasa, existe atualmente 784 grandes objetos com tamanho superior a 1 quilômetro de diâmetro nas proximidades da Terra e caso qualquer um deles atingisse nosso planeta as consequências seriam catastróficas. "Basta ver o que aconteceu em Júpiter em 2009", disse Yeomans. "O objeto que se chocou contra Júpiter tinha aproximadamente esse tamanho". Ver Matéria
No entanto, Yeomans lembra que as chances de que um desses grandes objetos atinja a Terra é muito pequena, mas objetos menores também representam riscos e lembrou que devem existir mais de 100 grandes Neos (objetos próximos à Terra) que ainda não foram descobertos.

O mais perigoso
Ao que tudo indica, o asteroide mais perigoso com maiores chances tem de impactar diretamente com a Terra é o objeto batizado de 1950 DA.
Segundo dados do JPL, as chances de colisão são da ordem de 1 em 300 e deverá acontecer no ano de 2880. Esse objeto, um esferoide assimétrico, tem um diâmetro de 1.1 km e gira ao redor do próprio eixo em 2.1 horas, o mais rápido movimento rotacional observado em um asteroide desse tamanho.

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