segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Estrela mais rápida do universo!

Uma equipe internacional de astrônomos ligados ao Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) descobriu a estrela com a rotação mais rápida já encontrada - uma jovem e brilhante estrela localizada na nossa galáxia anã vizinha, a Grande Nuvem de Magalhães.
Batizada de VFTS 102, o astro reside na Nebulosa da Tarântula, cerca de 160 mil anos-luz de distância da Terra, e gira em torno do próprio eixo a um ritmo apressado de 1,6 milhões de Km/h, cerca de 100 vezes mais rápido do que o Sol.
Segundo os pesquisadores, a velocidade é tão grande que se a estrela girasse apenas um pouco mais rápido seria dilacerada devido às forças centrífugas.
Outro aspecto que chama a atenção diz respeito a rapidez com que a estrela se move através do espaço - velocidade significativamente superior em comparação com as outras estrelas.
Estas características levam os astrônomos a crerem que ela possa ter tido um passado violento e provavelmente foi ejetada de um sistema duplo de estrelas quando sua companheira entrou em colapso e explodiu na forma de supernova.
“A notável velocidade de rotação e o movimento incomum em relação às estrelas vizinhas nos fez pensar que a VFTS 102 teve uma vida conturbada no começo”, disse o principal autor da pesquisa, Philip Dufton, da Universidade Queen de Belfast, na Irlanda do Norte.
De acordo com essa teoria, a VFTS 102 fazia parte de um sistema solar binário, composto por duas estrelas próximas entre si movendo-se em torno de um ponto comum de gravidade.
“Se as duas estrelas estivessem muito próximos uma da outra, o gás expelido da companheira poderia ter causado a rotação extraordinária da VFTS 102”, raciocina Dufton.
Quanto a estrela se mover mais rápido do que as demais, o pesquisador acredita que a companheira tenha ficado sem combustível depois de uma vida astronomicamente curta de 10 milhões de anos e explodiu como uma supernova.
Nessas circunstâncias, a força da detonação poderia ejetar a VFTS 102, o que explicaria por que a velocidade da estrela é tão diferente em relação às outras da região.
A prova pode estar na presença de resquícios de supernova próximos à região observada pelos cientistas na Grande Nuvem de Magalhães, além de um pulsar - estrela muito pequena e com muita massa, que poderia ter sido originada após a explosão.
No entanto, novas observações serão necessárias e a equipe de astrônomos pretende usar o Telescópio Espacial Hubble para fazer medições mais precisas e comprovar a teoria.

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